Cafira Zoé e Camila Mota pensam a ligação do Teatro Oficina, em São Paulo, com o território em que ele está inserido, seus desafios e suas potências

“antes do mundo existir, ele existia.” Cafira Zoé
“O Sol, além do astro Sol, é também todo o caminho até o Sol e tudo o que povoa o caminho até o Sol.” Camila Mota

Cafira e Camila trazem trechos da dramaturgiamutações de apoteose, poemas, além de refletir a presença do Sol no Teatro Oficina. A grande janela e a árvore Cesalpina, plantada por Lina Bo Bardi e que marcava a arquitetura do espaço, servem de ponte para pensar também a ligação do teatro com o território em que ele está inserido.

O texto foi elaborado a partir das falas de Camila Mota e Cafira Zoé sobre o Sol, gravadas no dia 24 de abril de 2024, no Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, em São Paulo. O evento contou ainda com falas de Júlia de Carvalho Hansen, Eduardo Góes Neves, José Miguel Wisnik, convidados a se alinharem no teatro como Júpiter, Terra e Saturno. Camila Mota e Cafira Zoé, nesta trilha de planetas, foram Vênus e Plutão.

Cafira Zoé (1987) é poeta, ensaísta, dramaturga, pesquisadora autônoma e artista transmídia. Faz parte do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona desde 2015. Junto com Camila Mota, é co-fundadora do coletivo de artes visuais expandidas, arquivo mangue, criado em 2018, indicado ao Prêmio Pipa 2024. Camila Mota (1974) é atriz, dramaturga, diretora, produtora, compositora, cantora e artista visual. Entrou para a Cia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona em 1997, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, atuando como atriz, estrategista e co-diretora de inúmeros projetos desde então.