Since childhood, we have drawn houses, but we have rarely reflected on what they are, what they shelter, or what they leave out. In this book, Emanuele Coccia guides us through an intimate and delightful narrative to explore rooms, bedrooms, kitchens, bathrooms, and memories, presenting the house as a space for our relationship with the world and with ourselves. The book unfolds the experience of Metamorfoses [Metamorphoses] (Dantes, 2021), this time inviting us to enter the cocoons and ultimately redefine them. Drawings by the artist Luiz Zerbini serve as imagistic notes that create a new dialogue with the text, modulating possibilities.

Um rio um pássaro [A River a bird] traz dois textos de Ailton Krenak. O primeiro texto, com o mesmo título do livro, data dos anos 1990, quando Ailton viajou por diversas terras indígenas na companhia do fotógrafo japonês Hiromi Nagakura. São reflexões sobre a vida e memórias sobre a formação do movimento indígena no Brasil. Até então, os registros dessas suas falas haviam sido publicados somente no Japão. Uma cachoeira é o título do segundo texto, também inédito. Nesse texto, de 2023, Ailton aprofunda o tema do abismo cognitivo causado pela separação da cultura e da natureza, além de discorrer sobre a neutralidade como subterfúgio ético diante do colapso ambiental.

Umbigo do Mundo is the result of "a conversation between the narrator and his daughter," as expressed by the author. Francisco and Francy guide us through a cosmological journey across the landscapes of Northwestern Amazonia, inviting us to attune our sensitivity and imagination to entities, creatures, plants, places, and events from an ancestral time—one that continues to resonate.

Biologist Lynn Margulis reveals to us the microcosm and its “incessant chemistry of self-maintenance.” Serpentine beings, swimming green microbes, cilia, tails, sperm, eggs, mitochondria, and spirochetes dance through time. Evolution is not a linear movement. Cells have memory. Each being is a design made from simple and complex associations of cells. There is more collaboration than competition. All organisms arose from symbiogenesis, from the cooperation among our earliest ancestors.

Como plantas podem ser professoras? Como ocorrem as conexões que revelam uma outra linguagem além das palavras? Jeremy Narby, autor de The Cosmic Serpent, DNA, and the Origin of Knowledge (Dantes, 2018), busca a compreensão a partir da ciência, mesmo que não se exima da experiência, ou mesmo parta dela. Rafael Chanchari Pizuri, do povo Shawi, segue a tradição dos “médicos”, especialistas em curas através de plantas. Para compor essa trança de perspectivas, convidamos Peconquena para ilustrar a publicação. Com sua arte, ela nos revela os donos das plantas, espíritos que animam e protegem o tabaco, o cipó de ayahuasca e a chacrona.

With meticulous descriptions, Dorion Sagan introduces us to thirty living beings that we do not see, summarising what we know about these “other forms of life.” This book would be merely exotic if it did not address the vast majority of living beings in our world. These invisible beings are our elder siblings. They are around us, with us, inside us, living for us and against us. Without them, our existence would not be possible.

Every being undergoes metamorphosis. It is the elemental and original experience of life, defining its forces and limits. Since Darwin, we have known that any form of life—humans included—is merely the metamorphosis of another, often long gone. From our birth to our nourishment, we all go through this experience. In the metamorphic act, the transformation of self and the transformation of the world coincide. To affirm that any life is a metamorphic fact means that it traverses identities and worlds without ever passing through them passively. This groundbreaking book lays the foundations for a philosophy of metamorphosis.

This book interweaves objective and subjective perspectives. The author presents a new map with three pathways, or types of narratives, that lead to Gaia: Gaia in time, Gaia in its essence, and Gaia in the imagination. These three types of narratives, intertwined, offer a view from multiple perspectives. "The regeneration of Gaia – planet Earth – involves healing the fracture that exists between different ways of interpreting reality. It requires the creation of a skin of ideas and intentions capable of connecting these worldviews that have been reduced to modules..."

Em 1978, Berta Gleizer Ribeiro, durante uma viagem ao Rio Negro para pesquisar o trançado indígena, teve notícia de que dois indígenas Desana haviam escrito a mitologia de seu povo. Berta foi ao encontro deles no Rio Tiquié. Durante um mês e meio trabalharam juntos. Berta datilografou, revisou e reescreveu o texto desse livro. Ela conta essa história na introdução da primeira edição de 1980, reproduzida em parte nesta edição. Em 2018 convidamos Tõrãmü Këhíri, hoje com 74 anos, para vir ao Rio de Janeiro para estabelecer essa edição. Através de longas conversas estabelecemos algumas alterações referentes às edições anteriores, incluindo novas ilustrações de Tõrãmü Këhíri, respeitando integralmente a narrativa pictórica anterior.

While studying the ecology of an Indigenous people in the Peruvian Amazon, anthropologist Jeremy Narby finds himself faced with a mystery: the Indigenous people, whose botanical knowledge astounds scientists, invariably explain that their knowledge comes from certain teacher plants. Narby engages in a multidisciplinary investigation spanning ten years, from the Amazon rainforest to European libraries, during which he becomes convinced of the literal truth of these claims. The key to the mystery, according to Narby's bold hypothesis, lies in DNA, the molecule of life present in every cell of every living being.

Speaker of ancient Tupi, Nheengatu, and Guarani, João Barbosa Rodrigues published Mbaé Kaá, Tapyiyetá Enoyndauain 1905. This work is a powerful defence of Indigenous knowledge in the face of the scientific community. Even within the vocabulary of its time and the perspectives of the early 20th century, it is a fundamental book that supports the recognition of Indigenous wisdom in Brazil and around the world.

A esfera da vida é mais que um lugar, é um acontecimento em atividade contínua. Nada aqui é inanimado. Este livro é sobre a vida, ou seja, sobre tudo. Tudo é. Tudo está. Tudo foi e continuará em trocas constantes, em variações harmônicas, desde sempre, antes de nunca. Nada está desassociado. Biosphere foi lançado na Rússia em 1926 e, até hoje, não tinha sido traduzido para o português.